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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

PRESO POR TER CÃO...

 

Não venho tecer teclas pela Justiça. Até posso concordar que está longe de ser a ideal numa Sociedade de Direito.
O que me leva a discordar e rotular de incoerentes são os comentadores que, no caso com triste final de Rendeiro, vergastaram os Tribunais por incúria e ineficácia, ao permitirem que aquele ex-banqueiro se furtasse à Justiça, viajando em liberdade pelos cantos do Mundo.
Alguns dos mesmos comentadores, aparecem, agora, de varapaus retóricos em riste com paulada nos Magistrados que emitiram o Mandado de Detenção para Duarte Lima e que um órgão de polícia criminal cumpriu, como lhe era devido.
Sei que o nosso humanismo pode ter sido abalado (o meu, foi) perante aquele quadro televisivo em que o arguido Duarte Lima é detido, mal deu os primeiros passos para a liberdade. Somos sujeitos de emoções e estas manifestam-se com prioridade sobre a Razão.
A questão retórica fica: qual seria a reação, quer daqueles mesmos comentadores, alguns deles homens de toga, e do cidadão comum, se, eventualmente, Duarte Lima, seguisse os passos de Rendeiro, tanto mais sabendo que pode vir a ser severamente condenado pela alegada morte da esposa de Tomé Feiteira, no Brasil.
E a minha reflexão, ancorada no que acabo de explanar, leva-me a acabar o desabafo com aquele famoso aforismo: Preso por ter cão...preso por o não ter!