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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Provocações



O líder da CGTP, Carvalho da Silva, considerou que a nomeação de Valter Lemos para Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, na tutela do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social é uma autêntica provocação aos trabalhadores.
Se recordarmos que que este ex-Secretário de Estado da Educação, sob a batuta de Maria de Lurdes Rodrigues, foi um dos rostos de maior contestação dos professores - e seus sindicatos -, a quem, já em 2005, no início da propalada campanha de desacreditação dos docentes junto da opinião pública, acusava de "faltosos", sendo que ele próprio havia sido acusado de, em 1993, ter excedido o número de faltas enquanto vereador na Câmara de Penamacor, não podemos deixar de compreender da substância das declarações daquele sindicalista.
Mais relevante, na minha perspectiva, e neste caso, "provocação" com outros alvos, terá sido a nomeação do Presidente da Federação Distrital de Viseu do Partido Socialista, o deputado José Junqueiro, para a Secretaria de Estado da Administração Local.
Fazendo uma retrospectiva do seu comportamento político nos períodos que antecederam os actos eleitorais e no decorrer das respectivas campanhas, ocorre-nos o episódio de Agosto, que bem pode ter sido o despoletar do caso "vigilância a Belém", em que José Junqueiro acusava os assessores da Presidência da República de estarem a colaborar na feitura do programa eleitoral do maior partido da oposição, bem como denunciava Suzana Toscano, assessora do PR para a Educação e Juventude, de integrar a lista laranja para as Legislativas. Acusações gratuitas e infundadas, como se veio a comprovar.
Ainda assim, voltou à carga e sobressaiu num comício em Viseu, onde, para além de considerar "combinata" o caso de Belém, comparou um discurso de Salazar com o da líder do PSD, num tom que alguns analistas consideraram de arruaceiro ou trauliteiro.
O prémio do seu protagonismo chegou por via do perfume da rosa e eis o homem ao leme da Secretaria de Estado que pauta o seu trabalho por lidar com os autarcas deste país, que, por sinal, na maioria, nem navegam nas suas águas políticas.
Num Governo que, minoritário no Parlamento, a ser responsável, terá que pautar a sua postura pelo diálogo constante e bom relacionamento com a oposição, sociedadade civil, e os demais órgãos de soberania, nada de positivo auguram estes sinais. A menos que a estratégia seja afrontamento para a queda, seguido de vitimização em busca da maioria absoluta, a fórmula mágica para a governação de quem só brilha na arrogância e autoritarismo.
Digo eu...