De há muito, e até nestas páginas, venho expressando a opinião, que é minha e vale o que vale, de que o actual primeiro Ministro não é, politicamente, credível.
Por mais dotes de oratória de que seja dotado, por mais artimanhas estratégicas de que se sirva, nem ele, nem ninguém, me convence da sua incompetência para timoneiro dos rumos deste País. Não é só um problema de carácter, será mais falta de estofo e seriedade política o que lhe limita ou coarcta, em absoluto, o seu eventual e ambicioso sonho de "estadista".
E, desengane-se quem pensar que esta minha perspectiva negativa se funda, em exclusivo, nas dolorosas medidas de austeridade que acaba de anunciar aos portugueses atónitos.
Elas surgiram como inevitáveis, esperadas, por mais criticáveis que sejam - e são -, os instrumentos que o Governo se dispõe a utilizar para evitar o abismo económico-financeiro.
De há muito, os portugueses mais avisados sabiam não passarem de quimeras partidárias, de propaganda e imagem, as manifestações públicas e constantes, por parte do seu Chefe, de que estaríamos a recuperar, a ultrapassar a malvada da Crise, na vereda mais rápida para o País das Maravilhas, o tal da Alice.
O que não se pode perdoar a José Sócrates, para além da falta de verdade, da opacidade das suas promessas e reais desígnios, é não ter, com os pés na terra, com os olhos nas contas públicas, tomado, em tempo oportuno, as medidas que então se impunham para colmatar a situação calamitosa para que, e ele tinha obrigação de o saber, estávamos a ser conduzidos.
Se o houvesse feito, se colocasse acima dos seus interesses pessoais e de poder, estou certo que seriam medidas muito menos gravosas que as que ora integram o pacote anunciado.
Foi, então, que lhe faltou a coragem de que ora, falsamente, se ufana! Distribuir em 2009, no auge da crise que já nos afectava duramente, paletes de benesses, resmas de promessas que sabia não poder cumprir, uma panóplia de subsídios, que sabia não ser possível manter por muito tempo, para além do aumentos de vencimento na ordem dos 3% e dum camuflar do deficit, já então bem real, e de qualquer merceeiro se aperceberia, não é próprio de alguém que se diz corajoso e com capacidade para desempenhar um dos mais altos cargos numa Nação.
Não se compram votos a este preço, tendo por única preocupação de manter o poder, pondo em risco o Presente e o Futuro de um Povo!
Faltou-lhe verdade, sobrou arrogância e irresponsabilidade.
Mas, se inevitáveis as medidas de austeridade já anunciadas, e não hesito em reconhecê-lo, há ainda muito por explicar aos incrédulos cidadãos.
Desde logo, estes não deixarão de se interrogar onde está a coragem de incluir na fivela do cinto apertado, todos os brutais cortes nos proventos de funcionários, pensionistas, reformados - desde sempre, os sacrificados nestas crises cíclicas -, sem que sejam esclarecidos, de forma clara e sem evasivas, se, como e em quais, o Estado se propõe aliviar a Despesa com a extinção de Fundações de objectivos duvidosos, Institutos inócuos, Governos Civis de penacho e outras estruturas e cargos públicos que, ao que parece, para mais não servem que não seja ocupar, e premiar, os boys alinhados ou outras tarefas de propaganda político-partidária.
Não esqueçamos que são 13.740 as entidades que em Portugal recebem dinheiros públicos e urge explicar, com transparência, qual a utilidade e o serviço de cidadania de cada uma delas, à excepção das IPSS, essas, sim, como reconhecemos, credoras de todo o nosso esforço contributivo.
Se tudo isso não for feito, com urgência e de forma convincente, nada me impede de, em consciência, manter a convicção de que estes políticos, a quem, em má hora, os portugueses delegaram poder, não passam de irresponsáveis que se preocupam mais com os seus interesses partidários do que com a vida e o bem estar dos seus concidadãos!
Coragem ou cobardia?
Por mais dotes de oratória de que seja dotado, por mais artimanhas estratégicas de que se sirva, nem ele, nem ninguém, me convence da sua incompetência para timoneiro dos rumos deste País. Não é só um problema de carácter, será mais falta de estofo e seriedade política o que lhe limita ou coarcta, em absoluto, o seu eventual e ambicioso sonho de "estadista".
E, desengane-se quem pensar que esta minha perspectiva negativa se funda, em exclusivo, nas dolorosas medidas de austeridade que acaba de anunciar aos portugueses atónitos.
Elas surgiram como inevitáveis, esperadas, por mais criticáveis que sejam - e são -, os instrumentos que o Governo se dispõe a utilizar para evitar o abismo económico-financeiro.
De há muito, os portugueses mais avisados sabiam não passarem de quimeras partidárias, de propaganda e imagem, as manifestações públicas e constantes, por parte do seu Chefe, de que estaríamos a recuperar, a ultrapassar a malvada da Crise, na vereda mais rápida para o País das Maravilhas, o tal da Alice.
O que não se pode perdoar a José Sócrates, para além da falta de verdade, da opacidade das suas promessas e reais desígnios, é não ter, com os pés na terra, com os olhos nas contas públicas, tomado, em tempo oportuno, as medidas que então se impunham para colmatar a situação calamitosa para que, e ele tinha obrigação de o saber, estávamos a ser conduzidos.
Se o houvesse feito, se colocasse acima dos seus interesses pessoais e de poder, estou certo que seriam medidas muito menos gravosas que as que ora integram o pacote anunciado.
Foi, então, que lhe faltou a coragem de que ora, falsamente, se ufana! Distribuir em 2009, no auge da crise que já nos afectava duramente, paletes de benesses, resmas de promessas que sabia não poder cumprir, uma panóplia de subsídios, que sabia não ser possível manter por muito tempo, para além do aumentos de vencimento na ordem dos 3% e dum camuflar do deficit, já então bem real, e de qualquer merceeiro se aperceberia, não é próprio de alguém que se diz corajoso e com capacidade para desempenhar um dos mais altos cargos numa Nação.
Não se compram votos a este preço, tendo por única preocupação de manter o poder, pondo em risco o Presente e o Futuro de um Povo!
Faltou-lhe verdade, sobrou arrogância e irresponsabilidade.
Mas, se inevitáveis as medidas de austeridade já anunciadas, e não hesito em reconhecê-lo, há ainda muito por explicar aos incrédulos cidadãos.
Desde logo, estes não deixarão de se interrogar onde está a coragem de incluir na fivela do cinto apertado, todos os brutais cortes nos proventos de funcionários, pensionistas, reformados - desde sempre, os sacrificados nestas crises cíclicas -, sem que sejam esclarecidos, de forma clara e sem evasivas, se, como e em quais, o Estado se propõe aliviar a Despesa com a extinção de Fundações de objectivos duvidosos, Institutos inócuos, Governos Civis de penacho e outras estruturas e cargos públicos que, ao que parece, para mais não servem que não seja ocupar, e premiar, os boys alinhados ou outras tarefas de propaganda político-partidária.
Não esqueçamos que são 13.740 as entidades que em Portugal recebem dinheiros públicos e urge explicar, com transparência, qual a utilidade e o serviço de cidadania de cada uma delas, à excepção das IPSS, essas, sim, como reconhecemos, credoras de todo o nosso esforço contributivo.
Se tudo isso não for feito, com urgência e de forma convincente, nada me impede de, em consciência, manter a convicção de que estes políticos, a quem, em má hora, os portugueses delegaram poder, não passam de irresponsáveis que se preocupam mais com os seus interesses partidários do que com a vida e o bem estar dos seus concidadãos!
Coragem ou cobardia?