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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Lixos tóxicos!


As Agências de Rating não são estrelas na Constelação dos Mercados. Nomeadamente a Moody's. Os seus ratings, a exemplo das suas congéneres, falharam a toda a linha quando, por exemplo, fizeram uma avaliação positiva da empresa Lehman Brothers, umas semanas antes daquela falir, bem como não previram as falências dos bancos islandeses....
Funcionam como zelotas radicais dos mercados, seus clientes, num cálculo e estudo fundamentalista, provavelmente, por excesso de rigidez, para superar a imagem da estrondosa falência nos casos atrás reportados.
A Moody's, suspeito que, em breve, secundada pelas concorrentes, irmanadas na mesma agenda, foi indiferente a todos os acordos com a Troika, menosprezou o facto das forças partidárias do nosso País, que representam mais de 80% do eleitorado, estarem comprometidas com as medidas de recuperação por ela delineadas. Não teve em conta o propósito já manifestado pelo actual Governo de cumprir, escrupulosamente, os princípios de austeridade, propostos como passos largos para a recuperação. Muito menos, valorizou a medida suplementar, e corajosa, do aumento da Receita do Estado, por via do corte do denominado Subsídio de Natal, face às debilidades orçamentais anunciadas pelo INE.
Espelhou neste recanto Ibérico, a situação grega, menosprezando, por ignorância ou má fé, as diferenças abismais entre os dois países da União Europeia, quer no âmbito económico, quer nos propósitos e sentir das suas Gentes!
É esse o quadro que vislumbro, numa perspectiva. Mas há outra, não menos importante, que radica cá dentro, no meio de nós e que, por isso mesmo, se torna imperceptível aos menos atentos à realidade local. As agências e os mercados internacionais não dormem. Estão de olhos e ouvidos focados no nosso dia-a-dia, no que, e como, fazemos, no que, e como, dizemos. E, não nos iludamos, não serão os melhores sinais que lhes chegam destas bandas de Santa Maria e que lhes cai como mel no pão. São os comentadores residentes das televisões, os diários em papel, os políticos requentados e bolorentos, os opinantes tendenciosos, a levarem-lhes, de mão beijada, as previsões gratuitas e desajustadas, do nosso Futuro próximo, como se fossemos inadimplentes militantes.
Mas, pior, vergonhoso e pouco sério, é serem gradas figuras do Partido ora desalojado do Poder, mesmo aquelas que mais bajulavam o amado leader que mais negociou com a Troika e esculpiu no Acordo a primeira assinatura, a darem o primeiro passo para a descredibilização do nosso empenho em não falhar os compromissos. Se seria ideal que os partidos minoritários, que não se comprometeram com nada e nem com a Troika negociaram, ainda assim, se inibissem de ameaçar com agitação social nas ruas, sem que hajam rejeitado o Programa de Governo na sede da Democracia, que tanto dizem respeitar, (o que poderá perspectivar um rumo "à grega" no nosso País, junto daqueles olheiros internacionais), mas se compreende a sua posição de coerência, já a reacção daquela força partidária, altamente comprometida com o Memorando, dá nota da pouca conta em que alguns dos seus proeminentes membros têm os interesses nacionais, para lá da sua congénita sede de poder e peculiar sonho de domínio da máquina social e política de Portugal, de que tivemos recentes e dolorosas provas!
É que, deixe-mo-nos de evasivas e de jogos de avestruz, recriminar na Praça Pública, a primeira medida que o Governo tem de implementar, quer por força das decisões dos Tribunais Europeus, quer por imposição do Acordo com a Troika, ainda este mês, e que consiste no fim das Golden Share nas principais Empresas do País, não é de todo um bom recado, nem para as tais agências de rating, nem para a Comunidade Internacional, muito menos para o trio da Ajuda Externa! É mau presságio, um péssimo começo, quando sabemos serem tantos e tão duros os compromissos que subscrevemos, por força da situação calamitosa a que fomos conduzidos!
Lá fora, estão atentos aos sinais. Vêem-nos, ouvem-nos, lêem-nos......não podem ignorar....
Para que não nos considerem "lixo", melhor será que evitemos o lixo tóxico das lutas partidárias, quando elas são inócuas e sem sentido, como é o caso reportado!