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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

SERÁS SEMPRE BOCAGE...

JA BOCAGE NAO SOU!... À cova escura 
Meu estro vai parar desfeito em vento... 
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento 
Leve me torne sempre a terra dura; 

Conheço agora já quão vã figura, 
Em prosa e verso fez meu louco intento: 
Musa!... Tivera algum merecimento 
Se um raio da razão seguisse pura. 

Eu me arrependo; a língua quasi fria 
Brade em alto pregão à mocidade, 
Que atrás do som fantástico corria: 

Outro Aretino fui... a santidade 
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia, 
Rasga meus versos, crê na eternidade!. 
Bocage, in 'Rimas'

Hoje, Setúbal celebra o nascimento do seu Manuel Maria
Barbosa du Bocage, o grande vate Elmano Sadino, mais mordaz nos seus poemas que o #carrapau# quando cai na rede. Um poeta livre, sem carapuças na ponta do aparo ( 
 ), que lhe impedissem o espontâneo verter dos fluidos da sua inspiração......
Que viva Bocage....que vivam os poetas!