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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fábricas de casos e notícias


Não é segredo que os assessores (zelotas, na versão Junqueiro) do governo participam, intervém e integram - nas horas vagas da sua propalada participação em blogues, como autores e comentaristas -, em actos e estruturas do partido do Rato.
Como não é surpresa que o próprio Sócrates vista numa hora o fato de Primeiro Ministro e na hora seguinte a camisa de secretário-geral da sua força partidária. Ou que num dia presida a um conselho de ministros e no seguinte encabece um comício ou congresso da rosa.
É legal e normal em democracia e, por mais que desagrade a uns tantos, não ouço ninguém contestar.
Como legal e normal será que assessores da Presidência da República, enquanto membros ou ideologicamente afectos a partidos políticos - mormente os que serviram de base de apoio à candidatura do Chefe de Estado - , lhes prestem, nesta última condição, apoio e conselho.
Assim sendo, só nos resta interrogar das motivações que levaram duas figuras de cúpula do partido socialista a denunciarem e insurgirem-se publicamente pelo hipotético facto de assessores da Presidência terem colaborado na feitura do programa de governo dos laranjas.
O que até seria louvável, mas que as estruturas deste partido vieram negar.
Só o entendo por impulsos e criação de factos políticos, tendo em vista a guerrilha partidária pré-eleitoral , em que vale tudo, mesmo o que não tem relevância alguma, para agitar as mansas águas de Verão, em que só se vai ouvindo o eco e clamor do disparar do desemprego.
Vir o "Público", aproveitando-se desta guerrilha fútil, trazer à ribalta uma suposta vigilância dos assessores de Belém por parte do governo, apoiando-se em fonte anónima, das duas uma: ou procurou o matutino deitar mais lenha nas acendalhas de Junqueiro e Vitalino, ou, numa hipótese em que não acredito, estamos perante uma situação muito grave que só seria banal se ocorresse na Venezuela ou no Irão.
Vou pela primeira, porque, afinal, nem só na floresta há incendiários.
Vouguinha