
Segundo a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, os partidos concorrentes às Legislativas estimam gastar, no seu todo, para cima de 12,5 milhões de euros.
Num país carenciado de tudo, com quase meio milhão de desempregados, com 25% dos agricultores , muitas micro, pequenas e médias empresas em risco de inexorável falência, a braços com duas crises severas (a global e a decana nacional), tanta gulodice eleitoralista só tem um nome: falta de vergonha!
À cabeça, com gastos previstos a rondarem os 5, 5 milhões de euros, sendo 3,13 suportados pelo Estado, surge o partido socialista, no poder, de quem, seria exigível mais frugalidade e exemplo.
Tanto mais que, numa visão que não será mesquinha, mas realista, porque a crer nos profissionais da mesma, "em Política o que parece é", por força de inaugurações, lançamentos de primeiras pedras, visitas quase diárias a escolas em obras (um positivo investimento, passe o facto de ter arrancado em fim de legislatura), a par duma retórica fluente do chefe do executivo socialista, tudo servido pela abundante cobertura mediática, o partido da rosa já há muito iniciou a sua campanha eleitoral e as acções de propaganda.
Os milhões que o PS, no governo da Nação, prevê gastar nos espectáculos de caça ao voto seriam, por hipótese, quantia suficiente para custear livros e equipamento escolar de mais de 50.000 estudantes do Ensino Básico; reforçar as verbas dos nove hospitais que vão

Para um partido cujo líder é, simultâneamente, o Chefe do Governo, que promete, por via fiscal, "tirar aos ricos para dar aos pobres", qual Robin dos Bosques, com tanta ostentação de riqueza da sua força partidária, tão desmesurado fausto propagandístico e gastos eleitorais, onde é tudo em grande e à americana, como já se viu nas Europeias, ninguém deixará de entender que melhor lhe assentaria o título de Sheriff de Nottingham!
Vouguinha