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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

OS CACHECÓIS DO REI




Também fiquei surpreendido, ao olhar aquela imagem dum segurança da Luz, com os cachecóis do Sporting nas mãos. Intuí, de imediato, que algo de estranho se havia passado. Perante os justificados lamentos e mais justa revolta de alguns amigos sportinguistas, asseverei-lhes que me custava a crer que a recolha daqueles símbolos clubísticos de junto da estátua do Rei Eusébio houvesse sido uma decisão gratuita da Direcção do Benfica. E que, a confirmar-se, mereceria o meu veemente 
repúdio.
A imagem correu blogues, mensagens pessoais e redes sociais, com legendas à dimensão dos comentadores. Se uns, mais avisados e comedidos, sabiam antecipar o seu natural azedume do condicional "a ser verdade", outros partiam para o insulto, com o estafado vocabulário das guerrilhas do Futebol, chegando, alguns, ao ponto de se sentirem perante a outra face da frase pouco feliz, que se assuma, do Presidente do Sporting, ao sugerir que à Bandeira Nacional deveria ser retirado o encarnado, imaginando a recolha dos cachecóis como a retirada do verde da Luz!...
Vieram os esclarecimentos dos responsáveis pelo SLB, com justificações mais que plausíveis para a recolha dos cachecóis para local seguro, ao mesmo tempo que verberavam a atitude arruaceira dos indivíduos que, na primeira noite, haviam vandalizado alguns daqueles objectos, chegando mesmo a agredir o segurança que lhes tentou impedir o acto animalesco. Gostei, que é bom saber que o meu clube de sempre se não revê nestes actos, procedimento que, tanto o Benfica como os demais emblemas, deviam ter sempre, em casos similares. Que, todos sabemos, no Mundo do nosso Futebol, há uma minoria de diabos à solta, em todas as agremiações, capazes duma atitude deste jaez.
Tudo explicado, sem tapete, para que a razão se não diluísse totalmente, partiram alguns para uma acusação mais suavizada, invocando que o comunicado havia de ter sido emitido no próprio dia da retirada dos cachecóis. Também eu veria nesse passo uma forma ideal para evitar teorias da conspiração e desenterrar dos machados. Mas interrogo-me se, no próprio dia do Funeral do símbolo máximo do Benfica e da Selecção Nacional, em que, no seio da "Nação benfiquista", com mais acuidade, na própria Direcção consternada, as atenções se concentravam na azáfama das cerimónias, com os órgãos dirigentes solicitados ao minuto para trabalhos de organização e protocolo, alguém imaginasse a confusão e o natural melindre que uma foto iria causar nas hostes leoninas...
Depois de tudo isto, continuar a malhar neste ferro, por parte de alguns, seja por desconfiança, por despeito ou mexeriquice, como ainda se vai vendo por aí, só pode ter uma de duas explicações: ou má consciência ou com a única intenção de desestabilizar a equipa que, no próximo fim de semana, defronta o rival do Porto!
R.I.P. EUSÉBIO!