... a outra cheia de dívidas.
Em 2005, José Sócrates prometia uma mão cheia de profundas - esperadas e necessárias - reformas na administração pública, criação de milhares de empregos e um rotundo não à subida de impostos.
No fim do mandato, em 2009, depois de governar com uma confortável maioria absoluta e ter a faca, o queijo, algum autismo político e muita, excessiva, arrogância, não reformou (limitando-se a colocar gente da cor nos postos chave da função pública), não criou empregos, subiu os impostos.
Foi uma mão cheia de nada!
A oposição e outros especialistas da sociedade civil, alertavam-no para o rumo perigoso da nossa economia. O governo empertigava-se perante os conselhos, rugia ferozmente às críticas, enquanto ia alardeando um futuro risonho, apoiado na sua auto proclamada bondade, no seu empenho e sapiência.
Fim de mandato, campanha eleitoral, mais uma mão cheia de promessas, de perspectivas optimistas e um conveniente e estrondoso "engano" no deficit e na real situação da nossa economia.
Últimos dias de Abril de 2010, escassos meses após a tomada de posse de mais um governo socialista, com a mesma personagem na liderança, e já desnudado o monstro do deficit, da dívida galopante, do nulo crescimento, do desemprego em preocupante marcha acelerada, eis um artificial amansar da ferocidade, desvanecendo-se o brilho do gasto discurso de retórica gabarola, enquanto se apela à união nacional.
Culpados? Continuam a ser os outros, desta feita os de fora, os desalmados especuladores que, pela calada da noite, como lobos esfaimados, nos atacam com os obuses dos juros, espicaçados pelas malvadas agências de rating!
O inimigo deixou de morar no nosso Bairro. Emigrou....
Na perspectiva governamental, todos errados, todos maldosos, forças que atacam o Estado português, sem que lhe hajamos dado o flanco, sem que o governo, ainda no entendimento deste, se tenha, para tal, "posto a jeito". Tudo isto, sem que o máximo responsável pelo executivo tenha levado em boa conta os avisados alertas que lhe vinham sido feitos, desde há anos!...
Tocam, agora, os clarins de S. Bento. Apelam, estridentes, ao patriotismo; pedem tropas e reforços que, conhecendo o peculiar espírito solidário dos portugueses nas horas amargas, sabem lhes não serem regateados, ainda que os mais sacrificados, nesta como noutras batalhas, sejam sempre os infantes apeados, a soldadesca mais desprotegida...
Entretanto, avança um dos generais desavindos, dos que reúnem mais tropas, que acerta os passos com os desígnios do comandante supremo do governo.
Logo os costumeiros arautos televisivos, que nos habituaram à bajulice laudatória, batem palmas e pretendem fazer-nos crer que tem sido a luta partidária, a falta de apoio da oposição, a responsável pela crítica situação económico-financeira a que chegámos.
Como se alguém, mesmo os mais desatentos, esquecesse, como já atrás mencionei, que José Sócrates governou mais de quatro anos com maioria absoluta e usou e abusou do princípio do "Quero, Posso e Mando", enquanto os parlamentares socialistas iam fazendo tábua rasa de todas, e foram muitas, as propostas da oposição.
Esperemos para ver. Que rezem os que têm fé; que os masoquistas militantes (e votantes) continuem a adorar o "grande leader", enquanto sacodem a caspa do casaco; que alimentem uma réstia de esperança de que algo de positivo resulte desta comunhão de esforços, todos os outros.
Por mim, pedindo penitência pela visão "negativista", pressinto que com este chefe de governo - e faço a destrinça entre a pessoa e o partido a que pertence -, não há como retroceder na caminhada para o abismo económico e social há muito iniciada.
Mais pressinto, com preocupação, que, destes esforços, para além dos sinais e boas intenções, não teremos para o País, outra vez entre tantas, mais do que uma descarnada mão cheia de nada!
Em 2005, José Sócrates prometia uma mão cheia de profundas - esperadas e necessárias - reformas na administração pública, criação de milhares de empregos e um rotundo não à subida de impostos.
No fim do mandato, em 2009, depois de governar com uma confortável maioria absoluta e ter a faca, o queijo, algum autismo político e muita, excessiva, arrogância, não reformou (limitando-se a colocar gente da cor nos postos chave da função pública), não criou empregos, subiu os impostos.
Foi uma mão cheia de nada!
A oposição e outros especialistas da sociedade civil, alertavam-no para o rumo perigoso da nossa economia. O governo empertigava-se perante os conselhos, rugia ferozmente às críticas, enquanto ia alardeando um futuro risonho, apoiado na sua auto proclamada bondade, no seu empenho e sapiência.
Fim de mandato, campanha eleitoral, mais uma mão cheia de promessas, de perspectivas optimistas e um conveniente e estrondoso "engano" no deficit e na real situação da nossa economia.
Últimos dias de Abril de 2010, escassos meses após a tomada de posse de mais um governo socialista, com a mesma personagem na liderança, e já desnudado o monstro do deficit, da dívida galopante, do nulo crescimento, do desemprego em preocupante marcha acelerada, eis um artificial amansar da ferocidade, desvanecendo-se o brilho do gasto discurso de retórica gabarola, enquanto se apela à união nacional.
Culpados? Continuam a ser os outros, desta feita os de fora, os desalmados especuladores que, pela calada da noite, como lobos esfaimados, nos atacam com os obuses dos juros, espicaçados pelas malvadas agências de rating!
O inimigo deixou de morar no nosso Bairro. Emigrou....
Na perspectiva governamental, todos errados, todos maldosos, forças que atacam o Estado português, sem que lhe hajamos dado o flanco, sem que o governo, ainda no entendimento deste, se tenha, para tal, "posto a jeito". Tudo isto, sem que o máximo responsável pelo executivo tenha levado em boa conta os avisados alertas que lhe vinham sido feitos, desde há anos!...
Tocam, agora, os clarins de S. Bento. Apelam, estridentes, ao patriotismo; pedem tropas e reforços que, conhecendo o peculiar espírito solidário dos portugueses nas horas amargas, sabem lhes não serem regateados, ainda que os mais sacrificados, nesta como noutras batalhas, sejam sempre os infantes apeados, a soldadesca mais desprotegida...
Entretanto, avança um dos generais desavindos, dos que reúnem mais tropas, que acerta os passos com os desígnios do comandante supremo do governo.
Logo os costumeiros arautos televisivos, que nos habituaram à bajulice laudatória, batem palmas e pretendem fazer-nos crer que tem sido a luta partidária, a falta de apoio da oposição, a responsável pela crítica situação económico-financeira a que chegámos.
Como se alguém, mesmo os mais desatentos, esquecesse, como já atrás mencionei, que José Sócrates governou mais de quatro anos com maioria absoluta e usou e abusou do princípio do "Quero, Posso e Mando", enquanto os parlamentares socialistas iam fazendo tábua rasa de todas, e foram muitas, as propostas da oposição.
Esperemos para ver. Que rezem os que têm fé; que os masoquistas militantes (e votantes) continuem a adorar o "grande leader", enquanto sacodem a caspa do casaco; que alimentem uma réstia de esperança de que algo de positivo resulte desta comunhão de esforços, todos os outros.
Por mim, pedindo penitência pela visão "negativista", pressinto que com este chefe de governo - e faço a destrinça entre a pessoa e o partido a que pertence -, não há como retroceder na caminhada para o abismo económico e social há muito iniciada.
Mais pressinto, com preocupação, que, destes esforços, para além dos sinais e boas intenções, não teremos para o País, outra vez entre tantas, mais do que uma descarnada mão cheia de nada!