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domingo, 25 de agosto de 2013

OS CAMPÓNIOS ILETRADOS!

   Luciano Amaral, que se diz Professor Universitário e que é colunista do matutino "Correio da Manhã", no seu texto opinativo AQUI , considera Viseu um concelho de campónios iletrados.
   Desfiando a teia daquele escrito, sem que me sinta possuído por poderes ocultos que me permitam ler o que vai naquela cabecinha letrada, dou comigo a pensar que o homem até poderá ter-se servido dum estigma germinado nos campos da batalha política e a que a CS foi dando diapasão. Porque Viseu vota, preferencialmente, laranja e não uma outra fruta dum pomar, que,  nada tendo a haver com incêndios, está impregnado de fogo bacteriano.
  O que não o desculpa. Tendo-a como certeza adquirida ou surfando na mesma prancha, passou ao papel essa atoarda que, malevolamente, perpassa nalgumas franjas partidárias, sobretudo naquelas que criaram,  e vão apadrinhando o Distrito de Viseu por "cavaquistão".
 Poderá tê-lo feito com ironia, para estabelecer o confronto entre os supostos "educadinhos" de Oeiras, que alguém assumiu e que ele refere, com os que, como aqueloutros propalam, são os pouco educados de Viseu, o que deduzo, quando, radica nestes últimos, com exclusão dos primeiros, o dom de juízo e sensatez.
 Fosse como fosse, não lhe vai faltar farto e bom troco, que os beirões do alto, são generosos, a receber e a retribuir...
 Ainda assim, não comungo dos que do alto da toga rasgada, a quente, entendem que o jornal onde o artigo veio plasmado o devia ter proibido ou censurado. O direito de opinião que assiste a Luciano Amaral para expressar as suas ideias, por mais pérfidas que sejam, é o mesmo que têm todos os que ora se apressam a reagir e a responder. Ao órgão de CS, cabe, tão só, estabelecer os perfis dos seus comentadores ou colaboradores, admiti-los ou rejeitá-los, não conduzir-lhes a mão que escreve.
  Mas, despegando-me um pouco deste imbróglio em concreto, ouso reflectir um pouco a propósito dessa estapafúrdia ideia de que as gentes de Viseu andam arredadas do Saber e da Cultura. Nem sinto necessidade de dar exemplos ou fazer listagens de vultos das Letras e das Artes que tiveram aquelas terras de Viriato por chão primeiro. Todos o sabemos.

 Há uns dez anos, andava eu por terras do Sul, um alentejano amigo, companheiro das jornadas de África, daqueles dos sete costados, e que, justamente, se orgulham de o serem, nas longas conversas que íamos travando, contou-me que, na terra onde cada um de nós desenvolvia a sua tarefa,  as mulheres jovens que vendiam o corpo, e que eram naquela  terra alentejana conhecidas por nomes feios, passavam a ser conhecidas e tratadas por  "Senhoras",  sempre que conseguiam passar o Tejo para a outra margem.
   Estou para aqui a conjecturar se todos aqueles viseenses ilustres, homens de Saber e com a coluna vertebral bem direita, de esmerada educação, que carimbam  marcas por Lisboa, e por Oeiras, só deixaram de ser campónios iletrados e mal-educados, quando, vindos da terra de lusitanos, passaram nas portagens de Alverca!