....eis o spot publicitário, ou promocional, do Jornal Nacional da TVI e que, alegadamente, terá irritado os camaradas administradores da Prisa (a dona da TVI):
Quanto ao resto (de muita relevância neste imbróglio), continuo a pensar que Sócrates não seria estulto ao ponto de, directamente e no imediato, ter "mandado" calar a Manuela Moura Guedes.
Mas porque "pela boca morre o peixe" e não fica bem a um Primeiro Ministro dum Estado Democrático lançar tanta raiva contra a Informação livre, por mais adversa que lhe seja, e fazê-lo com laivos de pressão, estará a colher os amargos frutos desse comportamento. Pôs-se a jeito....
Nada que eu não previsse...e alertasse, neste Vouguinha, há mais de dois meses, com alguma ênfase nas partes por mim sublinhadas:
Sábado, 27 de Junho de 2009
Trocas e baldrocas
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Há muito tempo que ouço serem apontadas tendências político-partidárias aos mais conhecidos diários, semanários e canais televisivos da maioria dos países democráticos. Na Europa e fora dela.
Não me espanta, pois, que Portugal não fuja à regra. Nem o fenómeno, em si, desde que não haja ingerência estatal, fragiliza a democracia.
Sabendo todos - os que fizerem uma análise isenta e equidistante -, que a estação pública e seus apêndices estão, de certo modo, governamentalizados, agora e sempre; a SIC é uma amálgama de tendências, mais ao sabor dos gostos dos seus jornalistas e comentadores residentes, do que seguindo uma linha traçada por quem a administra, não me espanta que a TVI, num processo de equilíbrio, por estratégia ou por evolução natural, seja o rosto que dá mais voz às oposições.
Espanto-me, sim, com o manifesto e público desagrado com que o partido do poder, pela voz do seu secretário-geral, uma vezes, e pelo chefe do governo, outras tantas, invective - com contornos de pressão -, a linha editorial do canal dirigido por José Eduardo Moniz, com especial azedume para o Jornal Nacional da responsabilidade de Manuela Moura Guedes.
Estou a lembra-me do comportamento das diversas estações televisivas no decorrer da campanha eleitoral para as eleições europeias e da forma como os repórteres destacados para o acompanhamento das acções dos diversos partidos. Enquanto a RTP, e a própria SIC, privilegiaram, de forma indesmentível, o partido da rosa, em tempo e na forma, por vezes descaradamente empolgante, não houve pudor que os inibisse de, relativamente, aos partidos da oposição, comentarem em tom jocoso e em termos depreciativos, ridicularizando, as suas acções de campanha.
Comportamento que, se não é condenável na SIC, já não posso deixar de reprovar na RTP que todos nós pagamos e tem a obrigação, ética e estatutária, de ser isenta, por respeito para com os eleitores e para consigo própria.
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Bem Sócrates pode clamar inocência, não pode é alegar não ter interferido com anómalas reacções à Informação Livre, por mais adversa que ela seja aos seus desígnios políticos. Que lhe não é admissível enquanto chefe de governo. A defesa da Honra, quando for caso disso, é feita nos Tribunais, não em congressos e na Praça Pública!
Vouguinha