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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O PAU DE SEBO


Ainda não localizei, na feira das vaidades políticas, as linhas que delimitam a Esquerda da Direita. Não posso, assim, vangloriar-me, porque se pensa ser "bonito", de ser de Esquerda, como não tenho os problemas com pruridos dos que se proclamam de Direita.
E não serão poucos os que, como eu, se debatem neste dilema.
Escolher, para votar, não é tarefa fácil, com esta Política e com os serventuários que lhe chamam sua nestes 35 anos de Democracia.
No espectro da auto proclamada Esquerda, de visão e marca socializante, enquanto uns apontam para as nacionalizações de má memória e pior desfecho, outros defendem a abolição das deduções no IRS, no que concerne às despesas familiares com Saúde e Educação.
Fazem-no numa perspectiva de que num Estado Paizinho, sustentado por elevados impostos, devem ser totalmente gratuitos estes e outros bens essenciais.
Ambos, numa análise sucinta, parecem querer perseguir uma República igualitária, sem ricos e sem empresários, em que o que o único "patrão" seria o Estado. Uma sociedade em que, valham-nos os exemplos da História, seríamos todos iguais na pobreza e na miséria, com excepção dos serventuários desta Grande Empresa.
No espectro da Direita, receio que tenhamos mais do mesmo. Sendo que o mesmo não será, de todo, recomendável, ao que temos assistido.
Comungando dos seus princípios doutrinários de defesa da livre iniciativa e o reconhecimento e valorização pelo mérito, tal prática tem sido gravemente adulterada pela falta de Justiça e de efectiva Regulação das regras pelo Estado e pelo excesso de compadrios, corrupções e arranjinhos partidários.
É que, para que esta doutrina vingue, sem jogo viciado, e resulte numa Sociedade justa, imprescindível será que as condições à partida sejam, realmente, iguais para todos.
Para ilustrar este princípio, socorro-me duma imagem simples, com recurso a um jogo popular nos anos idos, o "pau de sebo": para que os competidores subam ao seu topo, onde os espera o bacalhau, como prémio do seu esforço, torna-se exigível, para que a competição seja justa, que a quantidade e qualidade do sebo sejam as mesmas.
O que se tem visto, nestas governações de Direita, é que, por falta de regras objectivas, justiça e regulação estatal, há paus com mais sebo do que outros. É isso que desvirtua a doutrina, por mais plausíveis e humanistas que sejam os seus princípios.
E o que me resta, partindo da premissa de que está excluído do meu horizonte o voto neste Partido Socialista, por motivos óbvios e já por aqui bem expressos?
Continuar no dilema e no dia das urnas.....optar por um mal menor.

Vouguinha