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sábado, 12 de setembro de 2009

E a solidariedade, Senhor Engenheiro?!


Dir-me-ão que o Primeiro Ministro não é bombeiro, sapador ou voluntário, que não apaga fogos, nem fará falta alguma nos locais dos sinistros.
Assim poderá ser, mas não lhe ficaria mal que, abdicando de uma ou outra inauguração ou lançamento de primeiras pedras de propaganda, perdesse uns minutos, por escassos que fossem, a confortar, em nome do poder, todos os que assistiram, e assistem, impotentes e amargurados, por este País fora, à destruição dos seus haveres.
Nem lhe lançaria o repto de abdicar, em favor destes infortunados, de parte dos muitos milhões que o seu partido vai desbaratando na campanha eleitoral, recomendar-lhe-ia, tão só, um pouco de atenção, uma palavra solidária para com as vítimas dos incêndios que têm grassado este ano de forma devastadora.
De automóvel, de burro, a pé, de ginga, ou no Falcon com que se desloca para poder chegar a tempo de "verter palavra" nos locais que, politicamente, lhe interessam, ainda assim, estaria a horas para um abraço solidário aos seus concidadãos de quem tanto clama o voto!
E que ninguém me diga que isto é populismo ou demagogia, porque, se em Política o que parece é, não me parece que esta sua ausência seja de quem, ao contrário do que apregoa, se preocupe com os portugueses.
Mais do que Falar, vale o Fazer. E, neste caso, Sócrates não fez, ou não fez tanto como lhe era devido.
Num país não há só festas e festins, inaugurações, comícios e romarias eleitorais, há também calamidade e sinistros a que o chefe máximo de um governo não pode ficar indiferente ou regatear a sua presença!